quarta-feira, 11 de abril de 2012

visão







Eu sentei na Visão do Inferno e lhe esperei. Olhe pra trás, andei, sentei e levantei de novo.
Deixei que a leveza entrasse em mim, mas nem isso resolveu. Você não pôde ir, e por enquanto, nada estava bem.
Hoje, não pude sorver seu cheiro, tampouco brincar com seus olhos.
Hoje o dia demorou a passar e a noite custará a ir embora, pois você, bem, nem está aqui.
Você pra mim mostrou-se bem mais do que eu imaginava.
Hoje eu não terei sua voz, seu jeito lindo. Hoje eu não irei aquecer seus dedos frios. Não irei ouvir sua voz nem serei embalada pelos seus braços quentes.
Hoje, eu não agradecerei sua existência em mim, e nesse mundo que me deixava tão morta.
Quero mostrar pra você as outras faces do mundo. Vira-lo do avesso, esquecer seu endereço.
Porque hoje, o cheiro dos meus cabelos não marcará diretamente sua pele. E eu irei me contorcer, e esquecer e assistir mais uma noite ir embora, sem a distração de sua cabeça virando, das suas mãos me tocando e daquele velho embaraço que a insanidade trás.

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