a gente tem uma pessoa
e a gente perde ela
quantas vezes mais ela teria que sofrer?
quantas vezes ela diria adeus?
ela continuou gritando
sacudiu o mundo
enlouqueceu
definhou a olhos vistos
[ e de nada adiantou
um lugar despedaçado. uma menina movida à tudos, com duas doses de bondade, três dedos de amor, uma pitadinha de raiva e com começos de erotismo juvenil.
terça-feira, 31 de julho de 2012
ainda lembro dos nossos dias dourados
dias em que o sol era mais quente. dias em que um abraço curava dores.
lembro dos nossos olhares: ocultos, de medo, tristeza. desejo
de certa forma, eu continuo guardando nossas fotografias mentais, junto com a pulseira colorida, aquela que nós tínhamos iguais
[ e que você já nem deve lembrar mais
dias em que o sol era mais quente. dias em que um abraço curava dores.
lembro dos nossos olhares: ocultos, de medo, tristeza. desejo
de certa forma, eu continuo guardando nossas fotografias mentais, junto com a pulseira colorida, aquela que nós tínhamos iguais
[ e que você já nem deve lembrar mais
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Gabriel
aos poucos anos, vazou-lhe tudo pelo olho.
a vida resistiu
[a imaginação e os desenhos também
meu babaca, eu te amo
a vida resistiu
[a imaginação e os desenhos também
meu babaca, eu te amo
quarta-feira, 25 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
ele chegou há horas. já fumou três carteiras de cigarro.e bebeu. misturou tudo, mas continua de pé.tão jovem, bonito. tá de terno. de onde será que ele vem? e outra: há horas ele chama pelo mesmo nome. e nomeia tudo com esse mesmo nome. até cerveja! nem sei o que fazer. já tentei expulsar e nada. já avisei que ia fechar e nada. ele continua ali, fumando sem parar, bebendo além da conta e chamando alguém.
ninguém consegue convencê-lo a ir embora. ele já chorou. e chamou o nome. aquele nome. sempre o mesmo nome.
tenho pena, mas o que eu posso fazer? ele parece ter conhecido a dor de perder alguém.
quanto tempo mais ele vai fumar, beber e chamar alguém que não vem? quantas vezes mais ele terá que sofrer?
ele continuou clamando o tal nome. mas de nada adiantou
ninguém consegue convencê-lo a ir embora. ele já chorou. e chamou o nome. aquele nome. sempre o mesmo nome.
tenho pena, mas o que eu posso fazer? ele parece ter conhecido a dor de perder alguém.
quanto tempo mais ele vai fumar, beber e chamar alguém que não vem? quantas vezes mais ele terá que sofrer?
ele continuou clamando o tal nome. mas de nada adiantou
- oh, julieta.
- meu romeu
- espera!
- que foi?
- nós somos romeu e julieta de quê?
- huum, romeu montéquio e julieta capuleto
- que feio!
- nem acho!
- tem que nacionalizar isso aê.
- tipo como?
- eu sou romeu da silva e você é julieta vieira.
- que feio!
- é nada.
- ta bom ta bom. então, romeu. para o além-mar fugiremos?
- e minha família?
- abandone-os
- oh, doce julieta, mamãe precisa de mim.
- porra, tua mãe é uma velha.
- tá bom
- fácil assim?
- incorpora o personagem, ô!
- doce julieta..
- me beija, romeu
- tá
- mas é beijo beijo!
- pronto
- abre essa boca!
- agora sim
- então, romeu...
- teu celular tá tocando, julieta
- merda
- oh, julieta, me deixe pegar na sua..
- gaveta!
- maçaneta!
- rimou!
- agora eu vou ser julieta
- gostosa
- ain, para
- me beija. beijo de cinema
- fiquei torto
- te ajeita!
- você ta mal hein
- você é um ótimo ator.
- eu sei, menina
- me beija logo romeu.
- tá bom
( para Lucas Batista, meu poço de imaginação sem futuro. eu te amo você tu )
- meu romeu
- espera!
- que foi?
- nós somos romeu e julieta de quê?
- huum, romeu montéquio e julieta capuleto
- que feio!
- nem acho!
- tem que nacionalizar isso aê.
- tipo como?
- eu sou romeu da silva e você é julieta vieira.
- que feio!
- é nada.
- ta bom ta bom. então, romeu. para o além-mar fugiremos?
- e minha família?
- abandone-os
- oh, doce julieta, mamãe precisa de mim.
- porra, tua mãe é uma velha.
- tá bom
- fácil assim?
- incorpora o personagem, ô!
- doce julieta..
- me beija, romeu
- tá
- mas é beijo beijo!
- pronto
- abre essa boca!
- agora sim
- então, romeu...
- teu celular tá tocando, julieta
- merda
- oh, julieta, me deixe pegar na sua..
- gaveta!
- maçaneta!
- rimou!
- agora eu vou ser julieta
- gostosa
- ain, para
- me beija. beijo de cinema
- fiquei torto
- te ajeita!
- você ta mal hein
- você é um ótimo ator.
- eu sei, menina
- me beija logo romeu.
- tá bom
( para Lucas Batista, meu poço de imaginação sem futuro. eu te amo você tu )
era o perfume.
sempre o perfume, que parecia ser o mesmo e já não era.
a mistura do perfume com o suor matinal lembrava-lhe manhãs que já pareciam distantes.
manhãs em que ela o contemplava dormindo, em um sono solto, quase sem respirar. manhãs em que ela acordava quatro, cinco vezes, com o mesmo beijo. manhãs em que a vida só começava à uma da tarde.
manhãs distantes. e que não voltariam mais.
sempre o perfume, que parecia ser o mesmo e já não era.
a mistura do perfume com o suor matinal lembrava-lhe manhãs que já pareciam distantes.
manhãs em que ela o contemplava dormindo, em um sono solto, quase sem respirar. manhãs em que ela acordava quatro, cinco vezes, com o mesmo beijo. manhãs em que a vida só começava à uma da tarde.
manhãs distantes. e que não voltariam mais.
ela tomava café e a xícara parecia a mesma. a mesma. só e somente a mesma.
ela amava. e a pessoa parecia a mesma. só e somente a mesma.
ela chorava e as lágrimas pareciam as mesmas. só e somente as mesmas.
mas não eram. eram um misto de dor, tédio. frustração. tristeza.
ela andava. e parecia não ser a mesma. mas ela era.
a mesma. só e somente a mesma
ela amava. e a pessoa parecia a mesma. só e somente a mesma.
ela chorava e as lágrimas pareciam as mesmas. só e somente as mesmas.
mas não eram. eram um misto de dor, tédio. frustração. tristeza.
ela andava. e parecia não ser a mesma. mas ela era.
a mesma. só e somente a mesma
ele sempre quis me comer.
com o pau. com a boca. com os olhos.
sempre me tratava com um gracejo e me chamava de gostosa.
nunca gatinha. nunca princesa. sempre gostosa.
gostosa, traz minha cerveja
gostosa, me dá um beijo
gostosa, me escreve
gostosa, me chupa
eu nunca reclamei.
gostava de ser comida.
com o pau, com a boca, com os olhos.
até que, esses dias, ele se foi.
em sua despedida, me deu um novo nome.
puta.
com o pau. com a boca. com os olhos.
sempre me tratava com um gracejo e me chamava de gostosa.
nunca gatinha. nunca princesa. sempre gostosa.
gostosa, traz minha cerveja
gostosa, me dá um beijo
gostosa, me escreve
gostosa, me chupa
eu nunca reclamei.
gostava de ser comida.
com o pau, com a boca, com os olhos.
até que, esses dias, ele se foi.
em sua despedida, me deu um novo nome.
puta.
sábado, 7 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
mania
é teu nome que eu chamo quando sinto falta de alguém. é teu cheiro que eu sinto quando o vento sopra.
é teu o sorriso idiota que sai dos meus lábios a cada cinco minutos.
é pra você que eu quero relatar meus dias, é em você que eu quero despejar a culpa quando tudo der certo. e errado.
porque tudo que meche comigo é metade. meio feio, meio torto, meio esquisito. assim como você parece ser quase todo perfeito.
as mechas negras caindo sobre esses longos cílios e os mil sorrisos presunçosos.
a calmaria na noite que se inicia e a agitação nos arrepios dessa pele que parece só escutar você
porque tudo que me envolve e move é errado. armadilha.
e você, que parece ser até tão certo, caiu.
oh, coitados de nós.
pobre de mim, que já não tenho saída e fico me esfaqueando toda vez que noto que ando sentindo demais a tua falta.
é teu o sorriso idiota que sai dos meus lábios a cada cinco minutos.
é pra você que eu quero relatar meus dias, é em você que eu quero despejar a culpa quando tudo der certo. e errado.
porque tudo que meche comigo é metade. meio feio, meio torto, meio esquisito. assim como você parece ser quase todo perfeito.
as mechas negras caindo sobre esses longos cílios e os mil sorrisos presunçosos.
a calmaria na noite que se inicia e a agitação nos arrepios dessa pele que parece só escutar você
porque tudo que me envolve e move é errado. armadilha.
e você, que parece ser até tão certo, caiu.
oh, coitados de nós.
pobre de mim, que já não tenho saída e fico me esfaqueando toda vez que noto que ando sentindo demais a tua falta.
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