segunda-feira, 16 de abril de 2012

dia

colocar a roupa pra lavar
tarefas. deveres. falar. andar
gritos. sussurros. mas nunca a perda do barulho
luz, sol. mas agora quero sombra, porque o calor ta matando
chave pra entrar. chave pra sair
um beijo, dois queijos. café
aspirina. engov. e até rivotril
essa ressaca me mata, mas nem por isso eu deixo de sair
atender as ligações, dizer que ama, dormir junto aos sábados.
agradar á mamãe, sorrir quando mandarem
gritar nas escadas vazias, bater com a mochila nos degraus. xingar o mundo, a mãe, o pai
a sociedade, a igreja, a falta de juízo, de dinheiro, de nexo
ideias ideias ideias. que nem vem. que me deixam
ninguém disponível e lá vou eu comer enlatados.
sozinha, nua, com nada. sem tudo
ser rebelde, dançar sozinha
morrer de amor. e de dor. e me acabar em me matar
senha de banco, saldos e extratos
beijar o mesmo cara
mundo. me mata, me adoece, me vira do avesso.
rotina. que arranca cada pedaço novo
do meu eu velho e sem graça.

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