domingo, 1 de abril de 2012

24 horas

E nada mais está bem. As coisas que eu pensava caminhar nem tem mais pernas. Meus cabelos caíram, meus nós soltaram e me dei como morta.
Odeio essa coisa de ficar imaginando como teria sido se eu tivesse coragem. Meu café acabou, meu dia transformou-se e nada mais parece prestar. Meu desejo era construir uma máquina do tempo e voltar até o ponto em que eu tive a chance, a deixa, o porque. Mas não, agora só me resta a espera, esse frio idiota na barriga, essa sensação inútil. Eu sussurro todos os dias para que os ventos me tragam você (ou que me levem até ai) e quanto mais eu penso 'não' mais minha boca e cada parte minha diz 'sim'
E agora tá tudo confuso. Nada de café, esse vício ainda me mata.
Eu chorei sozinha, e vomitei de culpa. Mas já passou moço, eu tô bem. Já retoquei a maquiagem e lavei minha boca. Eu continuo aqui moço, sentada no mesmo lugar, com meu velho livro nas mãos, a espera da oportunidade que você precisa me dar.

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