terça-feira, 10 de abril de 2012

contras

eu sei, eu jurei que não ia escrever hoje. E jurei que não ia te escrever.
Mas tá tudo tão escuro aqui dentro moço.
Doeu ver minha única certeza sair por aquela porta e levar minha coragem.
Eu vou te procurar moço. Vou seguir você até o inferno. Jamais lhe deixarei só.
Só promete que me espera, moço? Jura que vai me entender? E que não vai ter raiva de mim?
Meu caminho sempre foi quebrado, e de certa forma, era você quem concertava
Você é tão lindo moço. E tão corajoso em brincar com uma louca incerta
Mas por favor, não deixa de me notar moço? Não deixa de passar a mão pelos meus cabelos e me envolver nos teus braços?
É que o cheiro da sua roupa ficou em mim e eu nem quero mais tomar banho. Se eu tomar banho, perco seu último vestígio e sou capaz de me afogar em tanta tristeza.
Queria seu consolo, você, torto, prometendo que é meu, e que ainda vai me aceitar.
Queria que você entrasse por essa porta, que espantasse esse medo, essa porra louca, essa tristeza.
Hoje meu sol brilhou, mas eu tô com frio.
O mundo é feio, e me adoece tanto moço.
E agora eu nem tenho mais sua válvula, nem seu hálito descendo pela minha boca, nem sua mão no meu pescoço, descendo pelos meus seios.
E agora eu tô fodida. Fodida, sozinha, inútil. Sem ninguém. E o pior, sem você

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