terça-feira, 24 de abril de 2012

É que tá tudo confuso, moço.
Já visitei mil consultórios e conheci três divãs.
Briguei com o espelho, com o amigo. Com o pai, com o mundo.
E o buraco que há em mim já nem pode ser preenchido com nada.
Parei de tomar café e abandonei, por hora, meus mil livros.
Eu não irei mudar, e esse vazio que tenho, encherei de vento. Quem sabe na esquina certa ele não faz um barulhinho?
Hoje eu acordei e rasguei minhas cartas nunca entregues.
Porque agora, tudo está torto. E tudo tem sentido.
Eu irei acabar com esse mundo, antes que ele acabe comigo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário