[...]
- Pronto? Ela perguntou
- Espera! Ele dizia, mãos atadas às suas
- Cê' sabe que quando sairmos daqui, a realidade será quase outra
- É, mas vai dar certo. - dizia o moço. Então deixa eu me despedir daqui, moça.
Mãos. Um passo. Abraço. Lábios, língua, dentes, saliva. Sorriso. Vontade.
Ela riu
- Só não vai gostar demais disso moço!
- Só se for de novo, ele sussurrou.
Tenho certeza que os dois contaram até três e pisaram na calçada.
- Tá tudo bem moço?
- Sim!
Abraçaram-se.
Amanhecia e a lua não ia embora, queria curtir até o fim o resultado da insanidade jovem. Queria acompanhar aquela estória dos dois, que começava na noite e ia embora na madrugada.
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