segunda-feira, 23 de abril de 2012

[in]sanidade

[...] 
    - Pronto? Ela perguntou
    - Espera! Ele dizia, mãos atadas às suas
    - Cê' sabe que quando sairmos daqui, a realidade será quase outra
    - É, mas vai dar certo. - dizia o moço. Então deixa eu me despedir daqui, moça.
    Mãos. Um passo. Abraço. Lábios, língua, dentes, saliva. Sorriso. Vontade.
    Ela riu
    - Só não vai gostar demais disso moço!
    - Só se for de novo, ele sussurrou.
    Tenho certeza que os dois contaram até três e pisaram na calçada.
    - Tá tudo bem moço?
    - Sim!
    Abraçaram-se.
    Amanhecia e a lua não ia embora, queria curtir até o fim o resultado da insanidade jovem. Queria acompanhar aquela estória dos dois, que começava na noite e ia embora na madrugada.



Nenhum comentário:

Postar um comentário