Pra ele eu dancei valsa, lavei os cabelos e usei até batom vermelho.
Por ele eu rolei ribanceira abaixo e cheguei suja, mulher, fodida.
Com ele eu pulei o muro, dormi três vezes no escuro.
Ele, sem mim, viveu. Correu. Por que ele, amigos, não me conheceu, não fechou minhas feridas e tampouco entendeu meus jeitos.
Eu, as palavras, a arte, a vontade. Poeira ao vento. Eu sou um copo, repleto de ódio, ternura. Suor, sangue e lágrimas.
O mundo cresceu e eu irei explorar. Escrever, chorar e eternizar a pintura dos muros.
É que ontem, outra boca chamou por mim e eu neguei três vezes. Fugi.
Parei, olhei pra ele e vi que o brilho se fora.
O que restou? Meu traço de melancolia, escrito à sangue e uma faca especial, que corta até as amarras mais densas.
O que restou? Meu traço de melancolia, escrito à sangue e uma faca especial, que corta até as amarras mais densas.
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